quinta-feira, 22 de abril de 2010

Alis Grave Nil

Voando sem saber nasci no mundo deles, que hoje pertence também a mim. O jeito de criança foi sendo extinto aos poucos pelas mazelas e tristes realidades que pesam na hora de tentar ver o horizonte distante, horizonte de vida, de fé, de amor que por vezes esqueço no momento de hoje, mas luto, e com coragem tento levar minha alegria, meu carisma, meu toque singular que pertence, a todos os caminhos que trilhei todos os amores que provei (...). Perco-me de vez enquanto e vejo os cortes nas minhas asas que um dia acreditei ter, sentimentos ruins, julgamento próprio, falta de força, egoísmo, fatos que prejudicam o meu voar, mas com vida creio e valorizo os meus saltos e rasantes, curvas e rodopios no céu do meu caminho, no livro da minha história, nos tons da minha música que toca no ápice da minha felicidade. Toda forma de amor é forma de alimentar a luz que cada um tem em si, o amor vence tudo, quebranta corações gelados, une o impossível pelo homem, o amor é a base, é o vento que na teoria da física aeronáutica faz a força para o vôo perfeito, graças o amor tenho o estimulo de poder externar isso com tanto gosto, num papel branco, frio, sem cor, que depois de passado para as linhas, posso sentir o meu sabor preferido, o teu melhor sorriso, que um dia guardei em meu coração, posso ver a cor prateada da lua no meu lúdico pensar, essa minha forma de ser, me completa, me faz encontra-me com o verdadeiro, com aquela criança (eu bem gordinho) que tocava as próprias asas e sonhava conhecer o mundo inteiro, sonho que persiste a latejar meu intimo, e é preciso tentar, é preciso voltar a voar, vou ensaiar meus vôos, para que sejam lindos e cada vez mais altos, mas primeiro tenho de pular e se tiver medo, jamais voltarei a voar... Vou procurar a Deus, para curar o que sozinho não posso, vou olhar pra dentro, arrumar os cômodos e me aconchegar. Sim, sou forte... Sei por que provo da minha força perante tantas tentações mundanas, por isso a vontade, o desejo interminável de voar e sentir o vento no rosto lavando o que se precisa lavar, para limpo voar no céu, porque um dia sonhei, no outro voei e não quero deixar de voar, “Alis Grave Nil” nada é pesado quando se tem asas.

Carrego essa pichação na rua esquerda, do lado esquerdo, do beco esquerdo, entranhado nos caminhos do meu coração, e quem pichou? Creio eu que foi a LIBERDADE, essa que possuo de poder amar sem pensar, apenas se permitir amar. Vou voando sem rumo, encontrando no amanhã a alegria de poder partilhar o que foi ontem, o que sinto hoje, alimentando-me de fé, de vento, de luz para viver a mágica de sentir o novo, a surpresa de ver no meu sorriso o meu mundo “blue”, um mundo de luz de sentidos inéditos, de abraços intermináveis no tempo “Kayros”. Termino essa minha fuga, nessas letras que insistem a me tirar o sono, para libertas ganharem o branco, para libertas se apresentar a você, a suas idéias, por que aprendi com essa forma de liberdade, voar sem medo, partilhar o que pertenceu a mim, e que hoje pertence ao leitor, seja lá eu ou outro alguém, pois até eu aprendo quando leio depois de amanhã. Nada é pesado quando se tem asas.

Luan Rocha



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