terça-feira, 25 de maio de 2010

Amor de mãe

E assim ao me entregar, ao correr e buscar o sentir do teu manto azul, o teu amor de mãe, tu me envolve com teu abraço, com teu colo, lembro da lágrima, da emoção da minha mãe ao me tocar, de me ver pela primeira vez, na luta pela minha vida, na batalha pessoal do julgar do outro perante minhas condições físicas, a vida daquele que nasceu pré-maturo, de sete meses, e dois quilos, com dificuldades, algumas pessoas falaram que eu não resistiria. Minha mãe, carne da minha carne, sangue do meu sangue afrontou pela minha vida, me deu a sustentação com seu leite materno carregado de carinho, de amor, assim como a mãe pelicano que nos tempos de pouca caça ele arranca do seu corpo a carne para o alento de suas crias. Sinto em meu coração hoje o pedido, a oração cheia de fé, o beijo, o abraço no meu dormir, no meu frágil silêncio de recém chegado, tenho aqui dentro essa revelação, esse amor que minhas mães tiveram por mim, hoje tenho a dimensão de toda intersecção, tenho a noção do quanto minha mãe vive por mim, a minha mãe, nossa mãe.

Quando cheguei à minha casa perguntei á minha mãe, - Mãe quando eu nasci com todas aquelas dificuldades, qual foi à primeira coisa que a senhora fez?

- Meu filho, eu te consagrei a Nossa senhora de Fátima, daí o abraço, o calor do amor, de gratidão e cumplicidade, minha fé, meu sentir me leva a ser católico e entender o amor que a mãe de Jesus tem por nós, e é lindo!

Partilho com felicidade, quebrando qual quer barreira de vergonha, de falar de expor, o manto azul, o colo, o sentido de mãe, rogou por mim, pelo meu crescer, pelo meu milagre de ver as paisagens mais lindas, pelo aflorar das idéias, o milagre me faz abraçar, me faz escrever com sabedoria todo esse amor que posso experimentar, me faz agradecer todos os dias pelo dia mais novo, pela água do espírito que chove aqui dentro do meu intimo, pela paz, pela luz.

Luan Rocha (23/05/10)

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