
E quando depois do abraço de pai, depois do silêncio e dá lágrima transparente sem dor, que me faz lembrar o amor de três anos atrás, lembro da lágrima, do beijo, do carinho e acolhimento, respeito, e me entrego de corpo e alma, me lanço e deixo-me sentir, me humilho e rasgo meu coração, em frente o infinito amor, me entrego cheio de feridas, feridas essa que me magoam, me tornam infeliz, confio no andar sobre a água, confio no sorriso sem pressa e sem tempo, confio na luz intocável do intimo do meu coração.
Reconheço-me pecador, vejo a luz apontar cada mancha, eu vejo o contraste na minha pele, quando sei que sou pecador dou um passo a santidade, quando reconheço os erros é que a luz brilha e incendeia minha alma, eu sinto um céu quando ele me olha sem pronunciar, e me abraça sem me encostar. – Decido então entrar no mar sinto arder às feridas que por algum tempo nunca se fecharam, sinto um sal que faz arder, rasgar, curar, doer; e quem disse que não dói ser ignorado, ser careta, e quem disse que não dói renunciar, dói por que é amor, é pelo amor que sempre será maior, e por amor esse sal lava e cura, libertar meu ser de tantas perturbações, tentações de uma carne, quando o meu tato é aflorado pelo amor sinto um vento impetuoso cheio do espírito santo, chegar e nasce à vontade, o desejo de cantar amando, de cantar com sabor, “Hoje livre sou”.
-Jesus olha no meu olhar, me ama e me faz sonhar
Acolhe em seu coração a minha canção
Que é de amor e gratidão
Toco a grandeza sentindo o cantar, esse é meu caminhar...
Sei que vou continuar esse relatar, da minha história, dessa vida singular e humana, e como rio me abandono em descer para o maior acontecer, se me perco em amor, me encontro em sabor.
Luan Rocha (03/07/2010) APA